Em visita ao Iraque, Laurent Fabius pede governo de união nacional

  • Por Agencia EFE
  • 10/08/2014 08h01

Bagdá, 10 ago (EFE).- O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, assegurou neste domingo em Bagdá que o Iraque necessita de “um governo de união nacional que inclua todas as facções iraquianas” para fazer frente ao terrorismo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Após chegar em uma visita surpresa a Bagdá e se reunir com membros do Executivo iraquiano, Fabius considerou, em entrevista coletiva, que “todos os iraquianos têm que se sentir representados no próximo governo para combater juntos o terrorismo”.

O EI controla Mossul, a segunda cidade do Iraque, desde 10 de junho e luta no norte do país para ampliar seu declarado “califado” no Iraque e Síria.

A instabilidade no norte tem seu reflexo nas turbulências políticas que percorrem Bagdá, onde ainda não se formou um novo governo após as eleições gerais de abril, embora o primeiro-ministro interino, Nouri al-Maliki, cuja coalizão foi a mais votada, anunciou que pretende seguir à frente.

O vice-primeiro-ministro iraquiano, Hussein Al Shahrastani, indicou no mesmo comparecimento que Fabius tomou a iniciativa de visitar o Iraque a fim de apoiá-los em sua luta contra os grupos terroristas e condenar os crimes realizados pelos combatentes do EI.

O responsável iraquiano acrescentou que Fabius vai se a dirigir à região do Curdistão para se reunir com os responsáveis governamentais curdos e supervisionar a repartição da ajuda humanitária da França.

Os avanços do EI puseram em xeque a comunidade curda, que até o momento tinha visto como os combates deixavam à margem a região autônoma do Curdistão, uma ilha de prosperidade e estabilidade no conturbado Iraque pós Saddam Hussein.

No entanto, a pressão dos extremistas sobre as linhas de contenção curdas obrigou o governo regional a lançar uma chamada desesperada de ajuda aos Estados Unidos, que decidiu intervir através de ajuda humanitária desde o ar, com a colaboração do Reino Unido e França, e de bombardeios “seletivos”. EFE

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