Embaixador ucraniano na ONU nega que seu país discrimine os russos
Genebra, 3 mar (EFE).- O embaixador permanente da Ucrânia nas Nações Unidas em Genebra, Yuri Klymenko, rejeitou nesta segunda-feira as acusações que em seu país se discrimine as minorias étnicas, argumento utilizado pela Federação Russa para justificar sua intervenção na Crimeia.
O diplomata negou que em seu país tenham ocorrido ou ocorram atos de discriminação ou que haja “tensões étnicas”, e afirmou que estas acusações são apenas falsidades que têm “um objetivo político”.
Klymenko usou seu direito de réplica no final da sessão ordinária do segmento de alto nível da 25ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na qual tinha discursado previamente o chanceler russo, Sergei Lavrov.
O ministro russo justificou a intervenção militar russa na província autônoma da Crimeia argumentando que os direitos dos cidadãos russos na Ucrânia estão ameaçados.
“A minoria russa na Ucrânia não sofre nenhuma agressão, pelo contrário, esse argumento é usado como justificativa para realizar um real ato de agressão que viola a Carta das Nações Unidas”, respondeu Klymenko.
Por sua parte, o embaixador permanente russo na ONU em Genebra, Andrey Nikiforov, respondeu que os atos de discriminação ficaram documentados, e lembrou que as autoridades da província autônoma da Crimeia solicitaram explicitamente ajuda à Federação Russa.
Em seu segundo turno de réplica, Klymenko voltou a tachar de falácias os argumentos russos e pediu publicamente à Rússia que ponha fim à intervenção militar em território soberano ucraniano. EFE
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