Emissão de títulos faz Dívida Pública Federal subir R$ 53,6 bilhões em novembro

  • Por Agência Brasil
  • 23/12/2014 15h19
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A emissão de títulos prefixados fez a Dívida Pública Federal (DPF) registrar forte alta em novembro. De acordo com dados divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, a dívida fechou o mês em R$ 2,209 trilhões, com alta de R$ 53,6 bilhões (2,49%) em relação a outubro.

A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu de R$ 2,051 trilhões para R$ 2,1 trilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 30,15 bilhões em títulos a mais do que resgatou e reconheceu R$ 19,01 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

A dívida pública externa encerrou novembro em R$ 108,95 bilhões, com forte alta de 4,23% em relação ao valor de outubro, quando tinha atingido R$ 104,53 bilhões. Contribuiu para o aumento a valorização de 4,71% do dólar no mês passado.

O principal fator que fez a dívida pública subir em novembro foi o elevado volume de emissão de títulos. Apenas em novembro, R$ 39,76 bilhões foram emitidos. A maior parte, R$ 29,06 bilhões, correspondeu a títulos prefixados (com juros fixos definidos com antecedência).

A alta da DPF é típica do segundo mês de cada trimestre por causa das emissões de títulos prefixados, para substituir os papéis que venceram no mês anterior. Dessa forma, a Dívida Pública Federal costuma registrar queda no estoque em janeiro, novembro, julho e outubro. No entanto, sobe nos meses seguintes.

Apesar da alta em novembro, a DPF está dentro das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

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