Emissão líquida de títulos foi a maior desde junho de 2015, diz Secunho

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/07/2016 13h49
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Agência Câmara Ministério da Fazenda

O coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, disse nesta segunda-feira, 25, que o estoque da estoque da Dívida Pública Federal (DPF) continuará crescendo até o fim do ano. Com isso, ele deverá atingir o intervalo previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF).

No mês passado, a DPF aumentou 2,77% e chegou a R$ 2,958 trilhões, ainda abaixo do intervalo previsto que vai de R$ 3,100 trilhões a R$ 3,300 trilhões. “Ainda há muitos meses à frente com emissões líquidas e apropriações de juros”, comentou.

Secunho lembrou que o Tesouro Nacional fará uma revisão do PAF em agosto, na qual poderá ser alterada a meta para a participação de papéis prefixados no total da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi).

Atualmente, esses títulos com melhor perfil para a administração da dívida já respondem por 36,6% do total, enquanto as bandas do plano anual para este ano vão de 31% a 35%. “É possível que encerremos 2016 com a participação dos prefixados dentro do PAF. Podemos revisar esse intervalo em agosto”, ponderou.

Ele destacou que a emissão líquida de títulos de R$ 61,11 bilhões no mês passado foi a maior desde junho de 2015. “A grande maioria dos papéis, aproximadamente 73%, correspondeu a títulos prefixados”, detalhou. 

Títulos na dívida

Secunho disse que, com o novo nível de taxas para os papéis prefixados nos últimos meses, é possível que a participação desses títulos na dívida não caia tanto quanto foi previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) deste ano.

“Uma reversão menos abrupta da participação dos prefixados em 2016 é positiva. O cenário de dezembro para cá mudou e há demanda favorável para prefixados. As taxas têm caindo e o Tesouro Nacional está aproveitando para vender mais desses papéis”, comentou.

De acordo com Secunho a composição adequada no longo prazo da administração da dívida é de cerca de 40% de prefixados, mas, dada a situação da economia no fim do ano passado, o Tesouro optou por calibrar o PAF prevendo uma queda em 2016 para um patamar entre 31% e 35%.

Em junho, esse porcentual ainda está em 36,3% e é possível que o intervalo do PAF para esse grupo seja revisto em agosto. “Estava prevista essa redução, mas talvez o movimento não seja tão grande”, completou.

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