Emissários internacionais apoiam no Marrocos negociação de paz na Palestina

  • Por Agencia EFE
  • 18/01/2014 14h26

Marrakesh, 18 jan (EFE).- Os diferentes emissários internacionais participantes da reunião do Comitê de Al Quds (Jerusalém em árabe), que acontece em Marrakesh, capital do Marrocos, concordaram neste sábado em apoiar o relançamento do processo de paz entre palestinos e israelenses promovido pelo presidente americano, Barack Obama.

Os quinze países-membros do Comitê Al Quds, assim como os representantes dos cinco países-membros do Conselho de Segurança e de organismos internacionais manifestaram seu apoio ao processo de paz e condenaram a construção de novos assentamentos na Cisjordânia por Israel.

O enviado especial da França à reunião do Comitê Al Quds, Jean-Claude Cousseran, defendeu o caráter “pluralista” da cidade de Jerusalém e lamentou que a construção de casas pelas autoridades israelenses em território palestino constitua “um obstáculo para o processo de paz”.

Também o enviado especial do Reino Unido, Vincent Fean, pediu para que seja “uma prioridade apoiar a (a iniciativa de paz) de Barack Obama e do secretário de Estado americano John Kerry com todos os meios políticos” e insistiu que seja garantida “segurança para Israel, justiça para a Palestina e paz” para os dois povos.

Já Mohammed Sobeih, assessor para questões palestinas do secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, elogiou a “mobilização positiva” de paz que se desenvolve atualmente entre os palestinos e israelenses sob os auspícios dos Estados Unidos e considerou não haver “outra oportunidade de paz” fora da iniciativa atual.

Mas o emissário americano, Rachad Hussain, se mostrou mais evasivo na questão de Jerusalém, ao ressaltar o “caráter sensível e complexo” da cidade, e que em todo caso – lembrou – deve se garantir a liberdade de culto na cidade.

As autoridades israelenses anunciaram a construção de 1.877 casas entre Cisjordânia e Jerusalém Oriental, medida que já foi duramente criticada não só pelos árabes, mas também por países europeus tradicionalmente “amigos” de Israel. EFE

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