Emoção marca primeiro contato entre famílias coreanas separadas por guerra

Seul, 20 fev (EFE).- Cenas emocionantes de parentes se abraçando após mais de seis décadas de separação deram o tom do primeiro encontro em três anos de famílias divididas da Coreia do Norte e Coreia do Sul, ocorrido nesta quinta-feira no monte norte-coreano Kumgang.

Centenas de membros de ambos os lados os da península de 82 famílias separadas se abraçaram entre lágrimas, compartilharam lembranças e trocaram fotografias durante as duas horas da primeira sessão do encontro, segundo registrou o canal sul-coreano “YTN”.

Os participantes da reunião, a maioria deles idosos, são cidadãos que a Guerra da Coreia (1950-53) separou de seus familiares do outro lado da fronteira entre Norte e Sul.

É o caso de Lee Sun-hyang, uma mulher sul-coreana de 88 anos que hoje desatou a chorar ao se reencontrar com seu irmão Lee Yun-geun, de 72, a quem não via há mais de 60 anos, como mostraram imagens distribuídas pela agência local “Yonhap”.

Muitos dos presentes participaram vestidos com o tradicional traje coreano Hanbok e os norte-coreanos levavam em suas lapelas a insígnia com os rostos dos líderes da família Kim, que governa o país comunista desde sua fundação.

No encontro de hoje, solicitantes sul-coreanos puderam se encontrar com seus parentes do Norte. Dois participantes tiveram que ser transportados ao local em uma ambulância e 19 conduzidos em cadeiras de rodas.

Após o primeiro contato coletivo de duas horas, os parentes das duas Coreias terão um jantar e nos próximos dois dias poderão desfrutar de encontros mais íntimos em salas individuais.

Mais tarde, de domingo até terça-feira, 88 solicitantes norte-coreanos vão se reunir com 360 familiares do Sul, na segunda rodada de encontros.

A reunião familiar iniciada hoje é a 19ª na história e a primeira desde outubro de 2010.

Centenas de milhares de pessoas não puderam recuperar o contato com seus parentes do outro lado da fronteira após a Guerra da Coreia (1950-53), que confirmou a divisão da península em duas. EFE

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