Empregos no comércio paulistano crescem em ritmo menor
Ao longo de 2014
emprego desaceleraO nível de emprego formal ficou estável, no ano passado, no comércio varejista da região metropolitana de São Paulo, com aumento de 0,8% no total de pessoal ocupado. No ano passado, o número de pessoas ocupadas chegou a 1,028 milhão. No entanto, o saldo de contratações atingiu o menor volume dos últimos seis anos: obtiveram emprego 8.470 pessoas ante 13.129 em 2013.
Desde 2008, o maior saldo de contratações, ou seja, a diferença entre as demissões e as admissões, tinha ocorrido em 2010, quando atingiu o número de 64.339 pessoas, segundo a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao longo de 2014, foram criadas 569.394 vagas, 1,4% acima do ano anterior. No mesmo período, foram eliminados 560.924 postos de trabalho, o que representa aumento de 2,3% sobre o registrado no ano anterior (548.461).
De um total de dez segmentos pesquisados, os que mais enxugaram o quadro foram: vestuário, tecidos e calçados (-2.901); concessionárias de veículos (-2.419); materiais de construção (-1.241); lojas de autopeças e acessórios (-958) e lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-613).
Em sentido oposto, os segmentos que mais abriram vagas foram: supermercados (10.524) e farmácias e perfumarias (2.676).
Por meio de nota, a FecomercioSP destacou que “os empresários preferiram manter o seu quadro de empregados com pequenos ajustes”.
A nota acrescenta que “o tímido crescimento pode ser atribuído a fatores como a perda de confiança por parte dos agentes econômicos (tanto consumidores como empresários) no cálculo dos últimos 12 meses, além da persistente pressão nos preços e da estagnação da economia”.
Pelas projeções da entidade, os sinais da economia para 2015 correspondem a um ambiente recessivo diante da necessidade de o governo promover corte nos gastos públicos, elevação de impostos e da taxa básica de juros, a Selic. Os analistas econômicos da FecomercioSP acreditam que, além do baixo crescimento, o país deverá enfrentar uma inflação em torno de 7%, dificultando a criação de novos empregos.
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