Empresa holandesa lança o primeiro “baseado eletrônico 100% legal”

  • Por Agencia EFE
  • 24/06/2014 14h20
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Bruxelas, 24 jun (EFE).- A empresa holandesa E-Njoint BV diz ter desenvolvido o primeiro “baseado eletrônico 100% legal”, um tipo de cigarro de maconha que, segundo a fabricante, visa encorajar as pessoas a “relaxarem” com os amigos em cafés ou bares e que também conta com um design inovador.

“Não há uma lei específica para este artigo, mas nós só vendemos produtos que são permitidos por lei”, assinalou nesta terça-feira à Agência Efe o proprietário da Chrijo BVBA, uma das lojas que comercializa o produto há duas semanas na Bélgica.

De acordo com a fabricante holandesa, o cigarro eletrônico não contém nicotina, tabaco e nem THC (tetrahidrocannabinol, o princípio psicoativo da maconha), mas é carregado de “elementos inócuos e seguros de diferentes sabores florais que se vaporizam quando utilizados”.

O design do “baseado eletrônico” se assemelha ao de um cigarro eletrônico regular, embora traga o desenho de uma folha de maconha na cor verde e que, assim como uma brasa, é aceso ao ser tragado.

Em seu site, a fabricante também indica que o último modelo deste cigarro eletrônico pode ser recarregado com maconha líquida.

Questionado a respeito, o porta-voz de Saúde e Consumo da Comissão Europeia (CE), Fréderic Vincent, afirmou à Agência Efe que “não acredita que um produto deste tipo fosse coberto pela legislação da União Europeia (UE), incluindo a recente direção de Produtos de Tabaco”.

Vincent assinalou que ainda não tinha informações em relação ao lançamento deste produto.

O site da fabricante assegura que E-Njoint BV produz produtos que atendem “os padrões ocidentais” e que não comercializa “produtos ilegais”, assim como também não pretende “estimular o consumo de cigarros e outros maus hábitos”.

Além disso, a empresa assegura que todas suas marcas são patenteadas no mundo todo e que a E-Njoint possui todos os registros.

Na Holanda, a posse de maconha e haxixe é descriminalizada, mas sua venda é proibida pela legislação nacional, com exceção dos chamados “coffee shops”.

Na prática, esta atividade é tolerada pelas autoridades e regulada por algumas instruções do Ministério Fiscal, que estabelecem que os locais não podem ter mais de 500 gramas de maconha armazenada e nem vender mais de 5 gramas por pessoa ao dia.

Nos últimos anos, as autoridades tomaram diferentes medidas para combater o chamado “turismo da droga”, incluindo uma limitação do acesso aos “coffee shops” pelos turistas. EFE

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