Empresa japonesa quer ser pioneira na exploração de minérios na lua

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2015 01h45
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Tóquio, 22 jun (EFE).- Uma empresa emergente japonesa chamada ispace quer ser pioneira em pesquisar com veículos robotizados a existência de recursos minerais na superfície lunar para vender depois suas descobertas a empresas mineradoras.

“Descobriremos onde se distribuem elementos como as terras raras mediante a análise da areia e das camadas usando as câmeras de entre 10 e 100 destes rovers (veículos robotizados)”, disse nesta segunda-feira ao jornal econômico “Nikkei” o executivo-chefe da ispace, Takeshi Hakamada.

No entanto, a companhia, fundada em 2013, ainda está arrecadando fundos para poder mandar seu primeiro rover à Lua, o que espera que seja lançado em torno da segunda metade de 2016 pelo operador aeroespacial privado americano SpaceX.

O objetivo, além disso, é que este primeiro veículo participe de um concurso convocado pelo gigante tecnológico Google, pelo qual 15 equipes devem conseguir que seu veículo percorra 500 metros sobre a Lua e envie vídeo e fotos outra vez à Terra.

A primeira equipe que conseguir vai levar um prêmio de US$ 20 milhões.

O prêmio é mais do que o dobro que o investimento inicial de cerca de US$ 8 milhões que a ispace precisa arrecadar para lançar em 2016 sua sonda e, conta Hakamada, representa antes de tudo a melhor publicidade para começar a enviar veículos de exploração antes do ano de 2023.

A empresa arrecadou quase a metade desse orçamento graças ao patrocínio que acertou por enquanto com a empresa de maquinaria pesada IHI e com as lojas de departamento Mitsukoshi.

Para o concurso – chamado Google Lunar Xprize – a equipe da ispace deve explorar uma área lunar conhecida como Lacus Mortis com um veículo desenvolvido por especialistas da universidade japonesa de Tohoku e engenheiros voluntários.

À frente da equipe de desenvolvimento está o professor Kazuya Yoshida, que já contribuiu para a criação de outro veículo da agência aeroespacial japonesa chamado Hayabusa-2. EFE

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