Empresários dão “voto de confiança” a Levy; ministro diz que apoio é imprescindível
Joaquim Levy (ao fundo à direita) discursou a empresários do grupo Lide nesta segunda-feira
Joaquim Levy discursou a empresários do grupo Lide nesta segunda-feiraAo final do discurso e respostas do ministro Joaquim Levy em encontro de empresários, o presidente do órgão que sediava o evento, João Dória Júnior, pediu que quem desse um “voto de confiança” no ministro da Fazenda levantasse a mão. Quase todos os 600 empresários o fizeram.
“Estamos ótimos, estamos entendidos”, respondeu Levy. “Daqui a alguns meses eu vou precisar desse voto, para conversarmos no Congresso”, avaliou. “O apoio dos líderes do setor produtivo é absolutamente imprescindível para uma democracia. Eles são ouvidos, eles são ouvidos no Congresso”, completou o ministro da Fazenda.
Dória disse que o Brasil vive uma “crise institucional, política, muito mais do que econômica”. Para o presidente do grupo Lide, que reúne empresários, “os quase 600 empresários presentes estão lhe dando (a Levy) um voto de confiança”. E completou: “mais do que tudo, que deixem o sr. usar esse voto de confiança”.
O presidente do Lide fazia questão de enfatizar o tempo todo, e também em entrevista ao final do evento, que o “voto de confiança” era para a pessoa de Levy e não ao governo Dilma.
Durante perguntas da plateia, o presidente do Lide cutucou: “É duro ser ministro de um governo como o de Dilma”, ao que Levy retrucou prontamente: “Não é verdade”.
Pesquisa
Pesquisa entre os empresários realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentada ao final do evento, no entanto, demonstrou uma grande desconfiança com o governo (veja dados no álbum acima). Por exemplo, 77% dos que responderam à pesquisa entendem que o cenário político é o tema mais preocupante para 2015. Pela primeira vez, a política superou a educação na pergunta: “O que o Brasil precisa mais melhorar?”.
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