Encíclica papal sobre meio ambiente apela para a responsabilidade de todos

  • Por Agencia Brasil
  • 18/06/2015 08h31
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A nun reads Pope Francis' new encyclical titled 'Laudato si' at the Vatican June 18, 2015. Pope Francis demanded swift action on Thursday to save the planet from environmental ruin, urging world leaders to hear "the cry of the earth and the cry of the poor", plunging the Catholic Church into political controversy over climate change. In the first papal document dedicated to the environment, he calls for "decisive action, here and now," to stop environmental degradation and global warming, squarely backing scientists who say it is mostly man-made. REUTERS/Max Rossi TPX IMAGES OF THE DAY REUTERS/Max Rossi Freira lê nova encíclica Laudato Si

O papa Francisco apresentou hoje (18) a encíclica dedicada ao meio ambiente, na qual apela para a responsabilidade de todos na proteção do planeta, “que está sendo destruído”.

Na audiência geral de quarta-feira (17), Francisco ressaltou que a destruição do meio ambiente prejudica a todos, mas especialmente aos mais pobres. “Por isso, apelo para a responsabilidade, com base no dever que Deus deu ao ser humano na criação: cultivar e proteger o jardim”, alertou.

Francisco convidou todos a receberem com “atitude de abertura” este documento, “de acordo com a doutrina social da Igreja”.

O papa estabelece uma “relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta”, na encíclica Laudato Si [Louvado seja] – Sobre o cuidado da casa comum, divulgada hoje (18) e publicada em português pelas Edições Paulinas.

“A relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do paradigma que deriva da tecnologia, a busca de outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a grave responsabilidade da política, a cultura do descartável e a proposta de um novo estilo de vida são os eixos desta encíclica, inspirada na sensibilidade ecológica de Francisco de Assis”, lê-se no Parágrafo 16º do documento papal.

Esta é a primeira vez que um papa faz uma encíclica sobre questões ambientais, reconhecendo-as como “um importantíssimo desafio para a humanidade”, afirma a editora em comunicado.

Em janeiro, durante visita pastoral às Filipinas, Francisco demonstrou preocupação com a ecologia, tendo afirmado,que havia a “necessidade de ver, com os olhos da fé, a beleza do plano de salvação de Deus, a ligação entre o ambiente natural e a dignidade da pessoa humana”.

A nova encíclica do pontífice é inspirada no Cântico das criaturas, de São Francisco de Assis, que, em 1979, o papa João Paulo II proclamou Padroeiro dos Ecologistas.

Para as Edições Paulinas, o documento papal “é um urgente apelo à preservação da Terra e da vida, por meio da qual a Igreja procura também influenciar os trabalhos da próxima Conferência sobre o Clima”, que ocorrerá em dezembro em Paris.

Uma das metas desta cúpula é obter um acordo internacional, que obrigue todas as nações a manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius.

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