Encontro Diálogos da Longevidade discute envelhecimento sem tabus

ANPR/Fotos Públicas Até 2060, 32% da população brasileira será formada por pessoas com mais de 60 anos

O 1º Encontro de Diálogos da Longevidade aconteceu nesta quarta-feira (10), em São Paulo, e discutiu o envelhecimento da população. O médico Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade do Brasil e também da Aliança Global de Centros de Longevidade Internacionais, chamou a atenção para os tabus em relação ao envelhecimento.

“A gente tem um preconceito muito forte, nós somos uma sociedade imediatista que busca o prazer imediato, e isso tudo vai na contramão do envelhecimento”, disse Kalache em entrevista durante o evento, promovido pela Bradesco Seguros. “Nós temos que fazer com que todo mundo perceba que a melhor opção é envelhecer. Morrer cedo é o que não presta”, definiu. “Envelhecer é bom.”

A expectativa é de que até 2060, 32% da população brasileira será formada por pessoas com mais de 60 anos. Dados do IBGE mostram que o crescimento da população está desacelerado, e isso afeta no mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa recente da seguradora, 95% dos entrevistados acima de 60 anos dizem não ter se preparado para esta fase da vida.

O psiquiatra Jairo Bauer, que também participou do encontro, lamentou a falta de políticas públicas para o envelhecimento saudável da população. “Quando a gente pensa na saúde pública para uma sociedade que está envelhecendo, a gente tem que pensar em como atender mais gente com os recursos limitados”, disse. “Temos cada vez menos gente economicamente ativa tendo que manter uma população mais velha”, afirmou Bauer.

O encontro foi uma prévia do Fórum de Longevidade Bradesco Seguros, que acontece no dia 21 de novembro, no Hotel Unique, em São Paulo. Internautas do Brasil inteiro poderão acompanhar o evento pelas redes sociais.