Enfermeira com ebola nos EUA está “clinicamente estável”
Austin, 13 out (EFE).- O diretor dos Centros de Controle de Prevenção e Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Thomas Frieden, informou nesta segunda-feira que a enfermeira contaminada pelo vírus do ebola em Dallas (Texas), identificada por sua família como Nina Pham, está “clinicamente estável”.
Em entrevista coletiva, o diretor alertou que pode haver novos casos de contaminação na equipe que atendeu Thomas Eric Duncan, o paciente liberiano que morreu em decorrência do ebola na última quarta-feira.
“Devemos considerar a possibilidade de casos adicionais de ebola entre os trabalhadores que atenderam Duncan”, disse Frieden.
Por causa deste contágio, o primeiro ocorrido dentro do país, Frieden afirmou que “os Estados Unidos devem repensar o modo como abordam o controle do ebola em seu próprio território”.
“Um só contágio é inaceitável”, alertou.
O diretor do CDC, que após saber da contaminação de Pham neste domingo afirmou que tinha havido “uma falha no protocolo” de atendimento a pacientes com ebola, disse hoje que ainda não conseguiram identificar o que aconteceu.
Ele se desculpou por ter “dado a entender” que a falha foi responsabilidade da enfermeira.
Perguntado sobre um possível cancelamento de voos vindos de Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países da África Ocidental que concentram a epidemia de ebola, Frieden disse que o importante é agora combater ao vírus em sua origem.
“O inimigo é o ebola; não um país, não um paciente, não um hospital”, acrescentou.
Pham, de 26 anos, foi uma das enfermeiras que atendeu Duncan, o primeiro caso diagnosticado fora de África Ocidental, no Hospital Presbiteriano de Dallas. EFE
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