Enfermeira cujo teste de ebola deu negativo desafia quarentena obrigatória
Washington, 29 out (EFE).- A enfermeira dos Estados Unidos Kaci Hickox, que foi isolada em um hospital de Nova Jersey após seu retorno da África Ocidental e cujo teste para ebola deu negativo, assegurou nesta quarta-feira que está desafiando a quarentena obrigatória imposta por seu estado natal, Maine.
“Não vou cruzar os braços nem deixarem me intimidar pelos políticos e ser obrigada a ficar em minha casa quando não sou um risco para os cidadãos americanos”, advertiu a enfermeira, que atendeu doentes de ebola na África, em uma entrevista à emissora “NBC”.
Se a quarentena imposta pelo estado do Maine, que a obriga a não sair de casa até o dia 10 de novembro, não for suspensa até quinta-feira, Hickox ameaça comparecer aos tribunais para brigar por sua “liberdade”, segundo antecipou na entrevista.
De acordo com a “NBC”, um policial estadual estava esta manhã parado em frente à casa de Hickox em Fort Kent (Maine), disposto a prendê-la se saísse à rua.
Hickox foi a primeira afetada pelos controles especiais adotados por Nova York e Nova Jersey, entre outros estados, para evitar a propagação do ebola e que foram criticados por médicos e funcionários federais, que sustentam que não têm base científica.
Na semana passada Hickox retornou aos EUA procedente de Serra Leoa, um dos países mais afetados pelo ebola e onde esteve atendendo doentes deste vírus, e após aterrissar no aeroporto de Newark foi isolada em uma tenda com equipamentos médicos instalada em um hospital de Nova Jersey, e forçada a começar uma quarentena de 21 dias. EFE
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