Enfrentamentos armados no Mali deixam 36 mortos e 87 feridos

  • Por Agencia EFE
  • 18/05/2014 12h54
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Bamaco, 18 mai (EFE).- Os enfrentamentos armados que explodiram há dois dias na cidade malinesa de Kidal, entre grupos armados e forças do governo de Bamaco, deixaram 36 mortos e 87 feridos, segundo o Ministério da Defesa.

Em comunicado, o Ministério informou que oito dos mortos e 25 dos feridos são membros das forças de segurança malinesas, enquanto entre os atacantes morreram 28 homens e outros 62 ficaram feridos.

Coincidindo com a primeira visita do primeiro-ministro do Mali, Moussa Mara, a esta cidade setentrional, a primeira desde sua nomeação à frente do Executivo em abril, vários grupos armados lançaram um ataque contra diferentes edifícios da Administração provincial.

A nota divulgada hoje, que acusa os rebeldes tuaregues do Movimento Nacional de Libertação Nacional (MNLA) e grupos terroristas de estar por trás do ataque, confirmou que vários homens armados mantêm como reféns 30 funcionários na sede do governo regional.

Além disso, o Ministério informou que dito edifício é o único que continua em poder dos atacantes, depois que as forças de segurança conseguiram recuperar o controle de outros centros administrativos da cidade, tomados durante os combates transcorridos ontem.

Mara, que hoje pernoitou no quartel militar do Exército em Kidal, já abandonou a cidade em direção a Gao, outra cidade do norte do país, onde deve se reunir com representantes políticos e da sociedade civil.

Moussa Mara começou na sexta-feira uma visita de cinco dias pelas três províncias do Mali setentrional -Timbuktu, Gao e Kidal-, cujo objetivo é mostrar seu compromisso com o desenvolvimento dessas regiões e com a reconciliação nacional.

Estas três províncias estiveram ocupadas por grupos armados independentistas, combatentes jihadistas e agrupamentos terroristas durante grande parte de 2012 e janeiro de 2013.

As autoridades malinesas mantêm contatos com os diferentes grupos armados e rebeldes do norte, assim como com as comunidades desta vasta região desértica para tentar lançar um diálogo de reconciliação nacional. EFE

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