Como funciona o financiamento de campanhas eleitorais? Entenda
As eleições desse ano serão bem diferentes para os partidos, na hora de financiar as campanhas.
Em 2015, no meio do furacão da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal decidiu acabar com as doações de empresas para os políticos, porque muitas companhias faziam as doações, de olho em favores lá na frente.
E aí veio a questão: se as empresas não vão doar, então quem vai pagar as campanhas?
Foi aí que o Congresso começou a se mexer e, no final do ano passado, no pacote da minirreforma política, foi aprovada a criação do fundo eleitoral, que vai usar recursos públicos pra bancar as campanhas.
Mas, afinal, de onde, exatamente, vem o dinheiro?
Ao todo, o fundo reúne um bilhão e setecentos milhões de reais, que são divididos entre os partidos, e a fórmula para distribuição desse dinheiro é complexa.
Tem ainda o dinheiro do fundo partidário, que cai na conta dos partidos todos os meses e, nesse ano, também vai poder ser usado pra bancar as campanhas.
Mas, a principal novidade mesmo são os crowdfundings – que, aqui no Brasil, ganharam o nome de vaquinhas virtuais. O problema é que as vaquinhas ainda não decolaram e a arrecadação dos presidenciáveis até aqui é muito baixa.
Quem tem mais dinheiro – acredite se quiser – é o ex-presidente Lula, que, mesmo na cadeia, recebeu quase 400 mil reais.
E isso não é nada – só pra se ter uma ideia, a campanha vitoriosa de 2014, da ex-presidente Dilma Rousseff, também do PT, custou bem mais do que isso: foram 318 milhões de reais.
*Informações do repórter Vitor Brown
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