Entra em vigor cessar-fogo de 72 horas entre Israel e milícias em Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 10/08/2014 20h03
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Jerusalém, 11 ago (EFE).- O cessar-fogo estipulado neste domingo entre Israel e as facções armadas palestinas em Gaza com a mediação do Egito entrou em vigor após uma jornada de hostilidades que continuaram até último momento.

Milicianos palestinos dispararam da Faixa de Gaza até o final da noite (horário local) uma série de projéteis contra Israel, principalmente em localidades perto da fronteira.

Na cidade de Ashkelon, a cerca de 13 quilômetros de Gaza, e Beer Sheva, a 42 quilômetros, foram escutados alarmes nas últimas horas. Os foguetes, no entanto, não causaram vítimas, informou o Canal 10 da televisão israelense.

Israel atacou durante a jornada pelo menos vinte alvos na Faixa de Gaza. Os bombardeios provocaram a morte de três palestinos, entre eles dois menores, e deixaram 20 feridos, segundo fontes médicas locais.

O governo israelense e dirigentes do Hamas anunciaram ter aceito uma nova trégua de 72 horas a partir da meia-noite de acordo com proposta, mais uma vez, feita pelo Egito.

Fontes diplomáticas israelenses citadas pela imprensa local disseram que a continuação das negociações no Cairo dependerá da aplicação do cessar-fogo por parte das milícias palestinas.

“Se a outra parte respeitar o cessar-fogo a delegação israelense chegará ao Egito na manhã de segunda-feira”, disseram as fontes, citadas pelo jornal digital “Ynet”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta noite para o presidente do país, Reuven Rivlin, que seguia comprometido a conseguir os objetivos fixados quando foi lançada a operação Limite Protetor em Gaza, em 8 de julho.

Netanyahu afirmou que os objetivos eram “a restauração da calma para os residentes de Israel por um longo período, e ao mesmo tempo golpear de maneira significativa as organizações terroristas”.

O dirigente do Hamas Izzat al-Resheq confirmou horas antes que a delegação das facções palestinas enviada ao Cairo tinha aceitado o cessar-fogo e que estava à espera da resposta de Israel.

Além disso, explicou que o Hamas “queria dar uma oportunidade a negociação”, razão pela qual aceitou a nova trégua.

Nesta semana os dois lados respeitaram uma trégua de 72 horas que terminou na sexta-feira e que não foi renovada por divergências sobre as exigências palestinas, não aceitas por Israel. EFE

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