Entre venezuelanos, 59,2% rejeitam governo Maduro e 59,1% querem que renuncie
Caracas, 5 mai (EFE).- Ao todo, 59,2% dos venezuelanos avaliam de forma negativa a gestão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e uma porcentagem quase idêntica, 59,1%, estima que deve deixar o cargo antes do fim de seu mandato em 2019, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira.
A pesquisa do Datanálisis, publicada no jornal “El Universal” e elaborado com base em 1.300 entrevistas entre 31 de março e 20 de abril passado com um nível de confiança de 95%, indicou que 79,5% dos entrevistados concordam que a situação do país “é negativa”.
Os entrevistados se identificaram 30% como afins ao governo, 31,9% como opositores e em 34,9% como independentes.
Sobre a permanência de Maduro na presidência, 19,7% dos entrevistados pelo Datanálisis disseram ser partidários de que conclua o período 2013-2019 para o qual foi eleito em abril de 2013, enquanto 39% se mostraram a favor de que Maduro abandone o poder ainda este ano e 20,1% apoiaria a convocação de um referendo revogatório em 2016.
A Constituição venezuelana contempla a possibilidade de que um período presidencial, ou de qualquer eleição popular, seja revogado em referendo na metade da gestão da autoridade eleita, o que no caso de Maduro será em 2016.
A insegurança pessoal (23,5%) deixou de ser a primeira preocupação dos venezuelanos, segundo a pesquisa da Datanálisis, que revelou que esse lugar é ocupado agora pelo desabastecimento de alimentos (32,5%) enquanto, em terceiro lugar, estão empatados o alto custo de vida (5%) e a crise econômica (5%).
Na hora de identificar o culpado pelos problemas, a pesquisa revelou que 31,8% apontam Maduro; 17,2%, a população; 13,8%, os ministros; 5% os partidos da oposição e, 1,3%, os Estados Unidos. EFE
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