Enviado da ONU expõe a Damasco ideia de criar “zonas livres” de conflito

  • Por Agencia EFE
  • 09/11/2014 13h39
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Cairo, 9 nov (EFE).- O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, realizou neste domingo conversas “construtivas” com o chefe da diplomacia síria, Walid Muallem, com quem abordou sua proposta de criar “zonas livres” de conflito dentro do país.

Fontes oficiais sírias informaram à Agência Efe que De Mistura relatou a Moualem sobre sua recente viagem pelo Oriente Médio e suas consultas com os membros do Conselho de Segurança da ONU para buscar uma saída para a disputa que começou em março de 2011.

De Mistura, que chegou ontem em Damasco, sugeriu a Moualem a opção de criar essas áreas primeiro na cidade de Aleppo para permitir a chegada de ajuda humanitária e abrir o caminho para um diálogo político.

No entanto, não parece que as autoridades sírias tenham gostado da proposta, já que no domingo passado o jornal “Al Watan”, próximo ao governo, criticou o enviado internacional por este plano.

O encontro também foi marcado pela análise das resoluções da ONU relativas à luta contra o terrorismo, concretamente em relação aos grupos jihadistas Estado Islâmico (EI) e Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria.

Segundo as fontes, ambas as partes expressaram sua “satisfação pelo resultado das construtivas conversas”.

Está previsto que durante sua visita de três dias a Damasco, De Mistura encontre o presidente sírio, Bashar al Assad, e membros da oposição tolerada dentro do país.

Os dois antecessores do atual enviado para a Síria foram o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan (1997-2006) e o diplomata argelino Lakhdar Brahimi.

Diante do Conselho de Segurança das Nações Unidas, De Mistura afirmou recentemente que a ofensiva do EI no norte e no leste da Síria oferece uma oportunidade para dar um novo enfoque à busca de uma solução para o conflito sírio.

Está é a terceira visita ao território sírio do enviado especial após sua nomeação em julho.

O conflito, que está chegando ao seu quarto ano, deixou cerca de 200 mil mortos e milhões de refugiados, segundo números da ONU. EFE

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