Equador aceita proposta da Venezuela para mediar diálogo com os EUA

  • Por Agencia EFE
  • 19/03/2015 00h11
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Washington, 18 mar (EFE).- O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, disse nesta quarta-feira que aceita “com muito prazer” a proposta do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para liderar um esforço de mediação entre a Venezuela e os Estados Unidos, como coordenador de um grupo de “facilitadores” de vários organismos latino-americanos.

“Com muito prazer, claro, se isso pode favorecer o diálogo e pode permitir diminuir as tensões, faremos com muito prazer”, disse Patiño em declarações à Agência Efe em Washington.

“Utilizaremos todas as ferramentas diplomáticas, os níveis de comunicação, os espaços de aproximação que haja entre os países da Alba, Celac, Unasul e os Estados Unidos”, acrescentou o ministro das Relações Exteriores equatoriano.

A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, antecipou hoje em Washington uma proposta que mais tarde foi confirmada pelo presidente Maduro para que o Equador lidere um grupo de facilitadores do diálogo com EUA, como se decidiu ontem na reunião da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) em Caracas.

Esse grupo consistirá, nas palavras de Maduro, em uma “comissão especial de chanceleres” que esteja em coordenação com as instituições regionais da Alba, da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da Comunidade do Caribe (Caricom).

“Eu acho que ambos países (EUA e Venezuela) querem, estão interessados; apesar das diferenças públicas, acho que ambos estão interessados em entrar no diálogo. Talvez lhes seja preciso um pequeno apoio, uma ajuda de países irmãos, e se nós podemos fazer isso, ótimo”, considerou Patiño.

O chanceler não quis se aprofundar em como tentará impulsionar esse diálogo nem em se o objetivo de sua mediação será que os Estados Unidos derrubem o decreto executivo pelo qual o presidente Barack Obama declarou na semana passada uma “emergência nacional” pela “ameaça” que a Venezuela representa para os EUA.

“Não quero falar de antemão do resultado final, porque isso pode inclusive dificultar o início das conversas”, comentou Patiño.

O chanceler falou com a Efe durante sua visita a Washington para assistir à Assembleia Geral extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA). EFE

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