Equador concorda em negociar com Suécia interrogatório de Assange em Londres

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 17h58

Londres, 12 ago (EFE).- O governo do Equador fez um acordo com as autoridades suecas para abrir negociações que permitam que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja interrogado na embaixada equatoriana em Londres, publicou nesta quarta-feira o jornal britânico “Financial Times”.

O ativista australiano é acusado na Suécia de quatro crimes sexuais, mas três prescrevem semana que vem se não for interrogado antes disso.

Duas acusações de assédio sexual e uma de coerção ilegal expirarão entre esta sexta-feira e a próxima terça-feira, quando terão passado cinco anos desde que o crimes teriam ocorrido.

A acusação mais grave, que envolve uma violação “em grau menor” de uma jovem enquanto dormia, não prescreve antes de 2020.

Em junho, a promotoria sueca informou que tinha enviado uma solicitação ao Equador para interrogar o fundador do Wikileaks em sua embaixada na capital britânica, onde está refugiado desde junho de 2012.

Poucos dias depois desse anúncio, Assange afirmou que a promotora sueca responsável pelo caso, Marianne Ny, cancelou um encontro para entrevistá-lo nesse mesmo dia em Londres.

Esta semana, a embaixada do Equador garantiu em comunicado que “em nenhum momento a República do Equador pediu ao Reino da Suécia que garanta asilo a Assange” para permitir o interrogatório.

O Ministério do Interior britânico se mantém alheio às negociações entre os dois países, e disse à Agência Efe que “não confirma nem desmente a existência de assistência legal mútua” entre eles.

Desde 2010, a Suécia tomou o depoimento de 44 suspeitos em solo britânico, revelou nesta semana a organização jornalística Hazel Press, que pediu esses dados ao governo britânico amparada pela Lei de Liberdade de Informação. EFE gx/cd

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