Equador indaga sobre presença de “grupo militar” dos EUA em Quito
Quito, 25 jan (EFE).- O Governo do Equador indaga sobre a presença de um suposto “grupo militar”, sob ordens do Comando Sul dos Estados Unidos, que funciona na Embaixada do país em Quito, disse neste sábado o chanceler Ricardo Patiño.
“Encontramos algo que, devemos dizê-lo com grande preocupação, não sabíamos e que é a existência de um grupo militar dos EUA na Embaixada”, disse Patiño em entrevista coletiva.
O chanceler falou que é algo habitual que haja adidos militares e policiais dos países nas representações diplomáticas, mas expressou sua preocupação com a presença desse grupo que, aparentemente, depende também do Departamento de Defesa dos EUA.
“Ficamos sabendo há dois meses que a Embaixada americana não só tem adidos, tem um grupo militar que depende do Comando Sul dos Estados Unidos e do Departamento de Defesa do Governo de Washington”, insistiu Patiño.
Tal grupo seria formado por cerca de 50 militares, embora alguns meios tenham dito que é um número menor, versão que, segundo o chanceler equatoriano surgiu depois que alguns dos integrantes de tal unidade deixaram o país.
O Equador está preocupado com essa presença, porque se sabe das atividades de espionagem no mundo e “temos que ter cuidado caso também o queiram fazer aqui”, alertou Patiño.
“Não vamos permitir que se instalem equipes de espionagem e vamos averiguar muito bem a informação em relação ao pessoal e às equipes que eles têm aqui, para evitar que sejamos objeto deste tipo de atropelos jurídicos em nível mundial”, ressaltou. EFE
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