Equador ratifica asilo a Assange após Suécia manter ordem de detenção

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 20h03
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Quito, 21 nov (EFE).- O governo do Equador ratificou nesta sexta-feira o asilo diplomático concedido ao fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, sobre quem pesa uma ordem de detenção por parte da Justiça da Suécia por supostos delitos sexuais.

Perante a decisão da Corte de Apelações de Estocolmo, que mantém a ordem de detenção contra Assange, o governo equatoriano ratificou a vigência do asilo concedido ao australiano em 2012 e a proteção da qual goza na embaixada do Equador em Londres desde junho daquele ano.

“Fiel a sua longa tradição de defesa dos direitos humanos, e em particular aos das vítimas de perseguição política, o Equador ratifica seu compromisso de proteger a liberdade e a vida do cidadão Julian Assange”, afirma um comunicado oficial da chancelaria equatoriana.

Além disso, o governo equatoriano “reitera seu oferecimento de cooperação judicial ao Reino da Suécia, para conseguir uma pronta solução ao caso”.

O texto oficial lembra que “o Equador mantém seu convite a que funcionários suecos visitem sua embaixada em Londres para que tomem o depoimento de Julian Assange ou utilizem meios de videoconferência para isso”.

“Ambas possibilidades estão contempladas de forma explícita na legislação processual vigente na Suécia e na União Europeia”, acrescenta o comunicado, no qual Equador expressa também “sua confiança em reabrir com prontidão os canais de diálogo político no mais alto nível com o governo da Suécia, o que permitirá abordar de maneira franca e construtiva o caso em questão”.

Assange, responsável pelo vazamento de milhares de documentos secretos por meio do portal Wikileaks, se refugiou na embaixada equatoriana em Londres para evitar ser extraditado à Suécia, de onde teme que possa ser entregue aos Estados Unidos.

Esse argumento foi o que o Equador esgrimiu para conceder o asilo ao australiano, acusado de quatro crimes sexuais contra duas mulheres, que ele nega, quando estava de visita na Suécia em agosto de 2010. EFE

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