Equipe da OSCE negocia a libertação dos sequestrados em Slaviansk
Viena, 27 abr (EFE).- Uma delegação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) se encontra no leste da Ucrânia para negociar a libertação dos observadores militares europeus retidos por separatistas pró-russos na cidade de Slaviansk, confirmou neste domingo em Viena o orgão multilateral.
Sem poder dar mais detalhes, uma porta-voz da OSCE explicou à Efe em Viena que membros da missão especial na Ucrânia viajaram à parte leste do país “para liderar as negociações”.
“Só posso confirmar que viajaram. Nada mais por enquanto”, acrescentou.
Fontes do governo alemão tinham antecipado ontem o envio dos negociadores da OSCE ao leste da Ucrânia depois que foi decidido que a organização multilateral assumiria a liderança nessas conversas.
Um total de 140 observadores da OSCE se encontra desde o final de março na Ucrânia em uma missão especial, aprovada por consenso entre os 57 países aderidos à organização, ou seja, também pela Rússia.
De forma paralela, está no país uma equipe de sete observadores militares europeus, composto por três alemães, um polonês, um sueco, um dinamarquês e um tcheco.
Estes militares desarmados atuam sob o amparo da OSCE, mas não fazem parte de nenhuma missão administrada diretamente por essa organização multilateral.
Os separatistas pró-russos os retiveram em um ônibus na sexta-feira passada, junto com um tradutor alemão e cinco militares ucranianos.
Um porta-voz das milícias pró-russas afirmou ontem, sábado, que suas forças consideram os militares europeus “espiões” da Otan.
“Foram confiscados mapas militares de Slaviansk, com postos de controle assinalados nele, e munição”, disse um porta-voz dos pró-russos, segundo a agência oficial russa “RIA Novosti”.
De acordo com o denominado “Documento de Viena”, assinado em 2011 pelos países da OSCE, qualquer Estado aderido pode solicitar o envio a seu próprio território de observadores militares estrangeiros desarmados, como a Ucrânia fez no último mês de março.
Estes envios estão baseados em acordos bilaterais entre os países envolvidos e não requerem consenso entre todos os Estados da OSCE. EFE
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