Erdogan expressa condolências aos descendentes dos armênios massacrados

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2015 11h32

Istambul, 24 abr (EFE).- Por ocasião das comemorações nesta sexta-feira do centenário do genocídio armênio, o presidente da Turquia, o islamita Recep Tayyip Erdogan, expressou suas condolências aos descendentes dos massacrados no Império Otomano.

“Neste dia, que tem um significado especial para nossos cidadãos armênios, lembro com respeito daqueles armênios otomanos que perderam a vida sob as condições da Primeira Guerra Mundial”, declarou o presidente em comunicado.

“Expresso minhas condolências a seus filhos e netos”, acrescentou Erdogan na nota postado no site da presidência turca, ao qualificar o ocorrido há um século como “eventos tristes”.

A Turquia rejeita com veemência qualificar estes massacres como “genocídio” e enfrenta por isso vários países europeus, como Áustria e Alemanha, os dois aliados do então Império Otomano na Primeira Guerra Mundial.

O presidente alemão, Joachim Gauck, falou ontem de “genocídio” em uma declaração pública.

Os partidos políticos do parlamento austríaco emitiram na quarta-feira passada uma declaração conjunta na qual denunciam o “genocídio”, ao mesmo tempo que destacam a responsabilidade histórica da Áustria pelos massacres como aliados dos otomanos nessa época.

Por ocasião de uma missa do patriarcado armênio de Istambul hoje, Erdogan destacou além disso que “compartilha de forma genuína a dor” dos armênios.

“Além disso, quero que saibam que as portas de nossos corações estão abertas aos netos dos armênios otomanos, repartidos por todo o mundo”, concluiu o presidente turco.

Em todo caso, Erdogan esclareceu que suas condolências não só se dirigem aos armênios, mas a todos os grupos étnicos e religiosos que perderam suas vidas em “circunstâncias similares” nessa guerra.

Os armênios asseguram que os massacres que começaram há um século constituem um “genocídio”, um termo jurídico que existe no direito internacional desde 1948.

Cerca de 20 de países e parlamentos declararam até agora o sucedido como “genocídio”, entre eles, o parlamento Europeu, França, Argentina e Rússia. EFE

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