Erekat pede que Netanyahu seja julgado por seus atos e não por suas palavras

  • Por Agencia EFE
  • 21/05/2015 10h06

Jerusalém, 21 mai (EFE).- O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, sugeriu nesta quinta-feira que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seja julgado por suas ações e não por suas palavras, e criticou suas “habilidades de relações públicas quando assegura que apoia uma solução de dois Estados”.

Erekat se referiu em comunicado divulgado hoje às declarações feitas na véspera por Netanyahu em entrevista coletiva realizada em Jerusalém prévia ao encontro com a responsável de política externa da UE, Federica Mogherini.

O primeiro-ministro israelense reiterou seu “compromisso com a paz”, posta em dúvida após polêmicas declarações durante a última campanha eleitoral nas quais prometeu que um Estado palestino não existiria enquanto o dirija o país.

No comparecimentom, Netanyahu disse defender a solução de dois Estados ao conflito palestino-israelense.

“Queremos uma paz que termine com o conflito de uma vez por todas. Minha posição não mudou (…) Apoio a visão de dois Estados para dois povos, um Estado palestino desmilitarizado que reconheça o estado judeu”, assegurou Netanyahu.

Erekat condenou as políticas de colonização que o Executivo de Israel segue aprovando e usou como exemplo que no cenário da visita de Mogherini à região para impulsionar o processo de paz, as autoridades israelenses anunciaram planos para construir 90 casas em um assentamento próximo a Belém, além de em outras colônias em Jerusalém Oriental, ambos territórios ocupados.

“Está claro que através das ações de Netanyahu, de seus comentários e declarações, Israel pavimentou uma nova onda de racismo e políticas extremistas e não é um parceiro para a paz”, considerou o responsável da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

“Não se trata das habilidades de relações públicas de Netanyahu, que assegura que apoia a solução de dois Estados, mas de suas ações. O novo gabinete israelense jurou seu compromisso com a consolidação do regime de apartheid na Palestina ocupada”, manifestou o veterano político. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.