Escócia vota contra saída e primeira-ministra diz que país se vê parte da UE

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/06/2016 06h34
FRA607 FRÁNCFORT (ALEMANIA) 24/06/2016.- Un panel muestra información bursátil junto a una bandera del Reino Unido en el parqué de Fráncfort (Alemania) hoy, 24 de junio de 2016. El índice selectivo DAX 30 de la Bolsa de Fráncfort abrió hoy con un desplome del 10 %, después de que haya triunfado en el Reino Unido el "brexit" de la Unión Europea (UE). EFE/Frank Rumpenhorst EFE Brexit

Diante da decisão dos eleitores britânicos de deixar a União Europeia, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, sinalizou que pode trabalhar pela adesão da Escócia ao bloco europeu. Entre escoceses, o voto pró-Europa venceu por 62%. Analistas políticos dizem que essa possibilidade abriria caminho para a independência do país do Reino Unido.

Dados da Comissão Eleitoral mostram que os escoceses votaram majoritariamente pela permanência no grupo europeu: 62% dos votos foram a favor da UE e 38% pela saída do grupo.

A diferença para o placar nacional, que sinaliza vitória do Brexit por 52% a 48%, já gera reação na principal liderança política da Escócia. “O voto deixa claro que a população da Escócia vê o seu futuro como parte da União Europeia”, disse Nicola Sturgeon, que classificou a mensagem das urnas escocesas como “definitiva”.

Lideranças escocesas já sinalizavam que, em caso de vitória do Brexit, passariam a trabalhar pela possível associação da Escócia à UE. Isso pode retomar o plano de independência do Reino Unido. Em 2014, escoceses votaram “Não” à separação dos demais britânicos com vantagem de 55,3%.

Sobre esse tema, a escritora Joanne Rowling, mais conhecida como J.K. Rowling, atacou nesta madrugada o primeiro-ministro David Cameron. Pelo Twitter, a criadora da série Harry Potter acusou o político de quebrar duas uniões: a União Europeia que perde o Reino Unido e o próprio Reino Unido que pode perder a Escócia. “Agora, a Escócia procurará a independência. O legado de Cameron será acabar com duas uniões”, disse.

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