Escolas particulares reajustam mensalidade em até 15% em São Paulo
Algumas escolas particulares de São Paulo aplicaram reajuste de até 15%, o dobro da inflação, nas mensalidades para o ano que vem. As famílias começam a negociar com a direção e, em muitos casos, mobilizam outros pais a fim de pressionar para baixar o valor.
Os colégios de período integral assustam ainda mais por conta das taxas extras como refeição e horas adicionais. O presidente do Sindicato das Escolas Particulares, José Augusto de Mattos Lourenço, justificou a alta que supera de longe o reajuste salarial das famílias.
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Caso discordem da variação, os responsáveis têm o direito de verificar as planilhas de custos do estabelecimento de ensino. Falando a repórter Renata Perobelli, o consultor em Defesa do Consumidor, Arthur Rollo, explicou como agir diante do “tarifaço” na educação.
Muitas famílias endividadas acabam tirando os filhos da escola particular e matriculando na rede pública de ensino. O presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, explicou que os pais prorrogam ao máximo a transferência.
Instituições de ensino que extrapolam nas novas mensalidades correm o risco de ficar no prejuízo por conta da concorrência acirrada. A crise que viabiliza o repasse nas mensalidades escolares, por enquanto, não eleva o índice de inadimplência, que hoje está em 8 por cento.
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