Escolha de Assis do Couto pelo PT foi estratégica, diz Rui Falcão

  • Por Agencia EFE
  • 07/03/2014 18h23
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São Paulo, 7 mar (EFE).- O presidente nacional do PT, Rui Falcão, convidado especial da sétima edição do fórum Efe Café da Manhã, em São Paulo, avaliou nesta sexta-feira como positiva a eleição do deputado federal Assis do Couto (PT-SP) para a Comissão e Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

“Ninguém escolheu o Assis (do Couto) porque ele era o suprassumo (da defesa dos direitos humanos). Foi porque ele era o mais viável”, disse Falcão à Efe, alegando que outro nome do partido poderia não ter conseguido vencer a eleição.

O deputado foi eleito com apenas dois votos de diferença sobre Jair Bolsonaro (PP-RJ), da ala mais conservadora do Congresso e autodenominado “sucessor” de Feliciano.

No entanto, Couto gerou insatisfação entre os movimentos pró-direitos humanos, sobretudo os de defesa do aborto, já que compôs a Frente Parlamentar Mista de Defesa da Vida (e contra o aborto) e também por ter ligações com a Igreja Católica, que é contra a união civil homossexual.

No lugar dele, militantes do próprio partido governista defendiam a candidatura de Érika Kokay (PT-DF), ligada à defesa dos direitos da mulher e da população LGBT.

Para o presidente do PT, a viabilidade de Assis do Couto reflete um conservadorismo que tem ganhado força dentro da comissão, não implicando um desgaste do partido junto aos movimentos sociais, classificados como “estratégicos” por Rui Falcão para as eleições de 2014.

“Havia uma reivindicação muito forte para que o PT voltasse a liderar a Comissão de Direitos Humanos. Isso ocorreu”, destacou Rui Falcão. EFE

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