Escolha de presidente do Líbano tem novo fracasso em meio aos protestos

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2015 18h00
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Beirute, 2 set (EFE).- O parlamento libanês fracassou nesta quarta-feira novamente na 28ª sessão para escolher um presidente para o país, posto que está vago desde 25 de maio de 2014, em meio aos protestos sociais que explodiram pela atual crise do lixo.

Na sessão de hoje não foi possível reunir dois terços dos deputados (86 dos 128 com os quais conta a câmara) e foi convocada uma nova reunião para 30 de setembro, informaram os meios de comunicação oficiais libaneses.

A primeira sessão plenária aconteceu em 23 de abril de 2014, mas nenhum dos candidatos obteve o voto de dois terços dos deputados (86 de 128).

O resto das reuniões não foram realizadas por terem sido boicotadas pelas Forças de 8 de Março, favoráveis ao regime sírio e lideradas pelo grupo xiita Hezbollah.

O fracasso em escolher um sucessor ao ex-presidente Michel Suleiman, cujo mandato de seis anos expirou em 25 de maio de 2014, tem levado o país a uma estagnação que paralisou o parlamento.

As principais causas desta situação são as profundas divisões entre a corrente política citada, favorável ao regime sírio, e sua principal opositora, as Forças de 14 de março, contrárias ao presidente Bashar al Assad.

Este novo fracasso na escolha presidencial ocorre em meio à intensificação de protestos populares, que começaram pela crise do lixo em 17 de julho pelo fechamento do despejo de Naame e a extinção do contrato da anterior empresa encarregada de coletar os resíduos.

As manifestações derivaram em seguida em protestos pelas más condições de vida do país, assim como pela situação de vazio presidencial e imobilismo do parlamento.

O último protesto aconteceu ontem quando um grupo de cerca de 40 ativistas ocupou durante nove horas a sede do Ministério do Meio Ambiente, que foram expulsos pelas forças de segurança.

Os protestos dos últimos dias, que reuniram milhares de pessoas, terminaram em enfrentamentos com a polícia que provocaram centenas de feridos e manifestantes detidos.

O jornal “An-Nahar” informou hoje, citando fontes diplomáticas, que uma iminente reunião do Conselho de Segurança da ONU poderia examinar os protestos antigovernamentais no país.

Segundo o sistema confessional em vigor no Líbano, a presidência deve ser ocupada por um cristão maronita, a chefia do governo corresponde a um muçulmano sunita, e a do parlamento a um muçulmano xiita. EFE

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