Esforços para localizar infectados por ebola no Mali se intensificam

  • Por Agencia EFE
  • 12/11/2014 15h59

Genebra, 12 nov (EFE).- As autoridades de saúde nacionais e internacionais intensificaram as tarefas para localizar possíveis infectados com o vírus ebola no Mali após ser confirmada, nesta quarta-feira, a morte de uma segunda pessoa em Bamaco, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em comunicado, a OMS indica que esta ação de emergência foi estabelecida após a confirmação da morte de um enfermeiro que pode ter sido infectado ao participar dos trabalhos de preparação do corpo de um possível portador da doença, que foi enterrado sem ter diagnóstico certo.

A OMS diz que o Mali “está bem preparado para implementar medidas de emergência e manter o número de casos adicionais reduzido”.

Até agora, 28 trabalhadores da área de saúde que tiveram contato com o paciente que morreu foram identificados e estão sob observação.

Além disso, estão sendo identificados casos na comunidade e na mesquita local.

Segundo as primeiras investigações, um homem de 70 anos que residia na Guiné e que era “Grande imã”, teve sintomas de uma doença não diagnosticada em 17 de outubro e foi admitido em uma clínica privada de Siguiri, na fronteira com o Mali.

Dita clínica foi um foco de transmissão de ebola durante julho e agosto, especifica a OMS.

Como não melhorava, primeiro foi transferido a uma clínica no Mali, e em 25 de outubro, foi admitido na clínica Pasteur de Bamaco, após uma viagem de carro com suas duas esposas, seu irmão e seu filho.

O imã sofria de insuficiência renal e morreu em 27 de outubro, sem que tenha passado por exames para determinar se era portador do vírus do ebola.

Um amigo que o visitou na Clínica Pasteur também morreu poucos dias após por conta de uma doença não diagnosticada.

“Ambos são consideram casos prováveis de ebola. Não há amostras de nenhum deles para poder analisar”, especifica a OMS.

Como era um “Grande imã”, seu corpo foi transportado à mesquita de Bamaco, onde foi lavado ritualmente. Posteriormente, o corpo foi trasladado a sua cidade natal na Guiné.

“Embora estes eventos ainda estejam sendo investigados, a OMS assume que muitas pessoas participaram de ambas as cerimônias”.

Cabe lembrar que os enterros são o principal foco de contágio, dado que quando um paciente morre é quando o vírus está mais presente.

Posteriormente à morte do imã, sua primeira esposa e sua filha morreram de uma “doença sem diagnóstico” e sua segunda esposa, seu filho, e seu irmão estão internados em um centro de tratamento de ebola.

A epidemia de ebola, a mais devastadora desde que o vírus foi identificado em 1976, já atingiu mais de 10 mil pessoas a causou a morte de cinco mil, particularmente nos três países mais afetados, Libéria, Serra Leoa e Guiné. EFE

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