Esforços para novo governo de coalizão fracassam, e Grécia deve ir às urnas

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2015 11h18

Atenas, 22 ago (EFE).- Os esforços do presidente do partido Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, para tentar formar um governo de coalizão após a renúncia do primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, voltaram a fracassar neste sábado, praticamente encerrando as chances de evitar uma nova eleição.

O líder dos conservadores gregos mostrou a intenção de tentar até o prazo máximo de três dias previsto pela legislação para constituir um novo Executivo e impedir assim a convocação do pleito. Ele necessita, porém, do apoio de 120 deputados, algo que só será conseguido se obtiver o apoio da maior parte da Syriza, coalizão de Tsipras.

Em entrevista à emissora “Mega”, o porta-voz da Nova Democracia, Kostas Karagunis, afirmou que Meimarakis conversará com o ex-primeiro-ministro. O objetivo do encontro é evitar as eleições antecipadas até domingo, quando se esgota o período previsto na constituição.

Na primeira reunião realizada ontem com o representante do To Potami, de orientação liberal, Stavros Thedorakis, Meimarakis ouviu que a atual formação do parlamento não permite a elaboração de um governo de coalizão antes do novo pleito.

A mesma resposta foi dada pela presidente dos sociais-democratas do Pasok, Fofi Yenimata, que afirmou que os deputados não podem concordar com um novo governo sem eleições.

Meimarakis, no entanto, deve continuar a fazer contatos ao longo do dia e se reunirá com o líder do recém-criado Unidade Popular, Panayotis Lafazanis. O grupo surgiu ontem a partir da cisão do Syriza e já tem 25 deputados, transformando-se na terceira força do parlamento, a frente dos ultra-direitistas do Amanhecer Dourado.

Se Meimarakis não tiver sucesso em sua empreitada, um governo de transição será formado com a única incumbência de organizar as novas eleições no prazo máximo de 30 dias. Dessa forma, é bem provável que o pleito seja realizado no dia 20 de setembro.

A porta-voz do governo, Olga Yerovalisi, disse que é a vez do povo julgar as decisões tomadas por Tsipras para salvar o país, em referência às medidas de austeridade que terão que ser implantadas pela Grécia após o acordo que garantiu o terceiro resgate financeiro. EFE

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