Espanha acolherá 2.749 refugiados de fora da União Europeia
Bruxelas, 20 jul (EFE).- O ministro do Interior da Espanha, Jorge Fernández Díaz, anunciou nesta segunda-feira que seu país acolherá 2.749 refugiados, sendo 1.300 eritreus e sírios vindos da Itália e da Grécia e 1.449 pessoas de diversos outros países, como contribuição ao acordo de divisão feito entre os Estados-membros da União Europeia.
“Oferecemos reassentamento para 1.449 pessoas e o programa de realocação para 1.300. O total é bom e nos coloca em uma posição muito adequada”, disse o ministro ao término do Conselho extraordinário de ministros do Interior da Europa, que aconteceu hoje em Bruxelas (Bélgica).
Na proposta de cotas colocada pela Comissão Europeia, a Espanha devia receber nos próximos dois anos 4.288 solicitações de asilo de sírios e eritreus do total de 40 mil para toda a UE e 1.549 pessoas das 20 mil que possuem o status de refugiado e se encontram em outros países.
O ministro explicou que os compromissos expostos hoje pelos países não permitem chegar a meta de 40 mil solicitantes de asilo e que faltariam 5 mil pessoas para esse total, mas confirmou que a situação voltará a ser avaliada em dezembro em um Conselho extraordinário de ministros do Interior em que será estudado como repartir entre os países as pessoas que faltam.
Segundo Díaz, apesar de a Espanha aceitar apenas 1.300 pedidos, estaria aberta a receber mais 200 pessoas quando acontecer a reunião do Conselho em dezembro.
“Tinham nos solicitado que realocássemos em dois anos de um total de 4.288 e oferecemos 1.300. Em dezembro haverá outro Conselho e significa que, eventualmente, levando em conta o número que seria preciso distribuir, seriam 5 mil pessoas entre todos os países. Isso nos situaria com cerca de 1.500 pessoas no total”, explicou.
De acordo com o ministro, a repartição só começará quando os centros de identificação e marcação de impressões digitais estiverem funcionando na Itália e na Grécia, os maiores beneficiados pela medida, que se comprometeram a melhorar a gestão dos processos dos recém-chegados a seu território em troca da ajuda da UE.
Em paralelo, a Espanha apresentou hoje aos colegas europeus um memorando para o retorno de imigrantes irregulares. O governo considera que não pode haver uma política de imigração europeia que não inclua este elemento. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.