Espanha fechou 2013 com déficit de 6,62% do PIB
Madri, 28 mar (EFE).- A Espanha fechou 2013 com um déficit público de 6,62% do PIB, 12 centésimos acima do objetivo pactuado com a Comissão Europeia (6,5%), anunciou nesta sexta-feira o minstro espanhol de Fazenda, Cristóbal Montoro.
Após o Conselho de Ministros de toda sexta-feira, Montoro explicou que, quando o cálculo do PIB for revisado em setembro, segundo as regras do escritório de estatística da UE, Eurostat, a Espanha ficará inclusive abaixo da meta.
“A Espanha em seu conjunto cumpriu as metas que tem marcados”, disse o ministro, que especificou que o déficit final do Estado e da Seguridade Social foi do 5,49% do PIB (contra os 5,2% fixados).
O déficit das Comunidades autônomas foi de um 1,54% (frente à meta de 1,3%), enquanto as prefeituras fecharam o ano com superávit de 0,4%.
Se forem acrescentadas as ajudas que se deram aos bancos, que não contam a efeitos de déficit excessivo para Bruxelas, o desequilíbrio das contas chega a 7% do PIB, acrescentou Montoro.
Segundo a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, esses números confirmam que as reformas e esforços da Espanha “dão resultados”.
O país “caminha pelo caminho da consolidação fiscal” e ganha o “clima de confiança” próprio de um “parceiro confiável”, o que ajudará na recuperação econômica e a criação de empregos, assinalou.
Serão conhecidos mais aspectos do fechamento das contas de 2013 na próxima segunda-feira, 31 de março, quando o Ministério da Fazenda publicar o detalhe do déficit do Estado, as comunidades autônomas, as prefeituras e a Seguridade Social, coincidindo com a data limite para enviá-los ao escritório estatístico europeia.
A Comissão Europeia tinha antecipado em suas previsões econômicas de finais de fevereiro que o déficit público espanhol fecharia em 6,7% do PIB, quanto que esta semana o Banco da Espanha previu que terminaria um décimo acima da meta (em 6,6%).
Desde que conseguiu fechar em superávit em 2007 (1,97% do PIB), um ano antes de a crise começar, a Espanha veio incorrendo em déficit, e sempre acima do valor de referência de 3% do PIB que estabelece o Pacto de Estabilidade da União Europeia.
Assim, em 2008 teve um déficit de 4,51% do PIB; em 2009 de 11,12% do PIB; em 2010 de 9,61%; em 2011 de 9,07% e em 2012 de 6,98% (esses dois últimos sem contar as ajudas aos bancos). EFE
met/tr
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