Especialistas consideram improvável atentados com uso de armas químicas
Militantes do Estado Islâmico ocupam a cidade síria de Palmira desde 20 de maio
Palmira Síria Estado IslâmicoEstado Islâmico pode até ter armas químicas, mas especialistas não acreditam que o grupo terrorista as use em ataques. Nesta semana, o Governo francês alertou aos cidadãos sobre o risco de atentados usando armamentos químicos ou biológicos.
Para um ex-perito das Nações Unidas na Guerra do Iraque, imaginar um atentado deste tipo na Europa é fantasioso.
Falando a Victor LaRegina, o professor da Escola Paulista de Medicina, Roque Monteleone Neto, achou improvável um ataque químico na Europa: “é fantasioso pensar em um ataque com canhões, que tenham armamento químico. O que se pode pensar na Europa é o uso de agentes químicos tóxicos para causar terror e pânico”.
Roque Monteleone Neto lembrou ainda que um dos piores ataques químicos da história, em Tóquio em 1995, matou doze pessoas.
O jornalista especializado em assuntos militares do jornal O Estado de S. Paulo, Roberto Godoy, disse que esse armamento é difícil de ser controlado. “É possível, sim. Mas é pouco provável. POrque a tendência desse tipo de coisa é sair do controle. Precisa ter sistema de controle, fazer com que ela funcione como você quer”, explicou.
Roberto Godoy lembra que o Governo sírio, do ditador Bashar al-Assad, foi duramente criticado em 2013 após um ataque de gás sarin. Na época, a ação saiu do controle e matou centenas de pessoas na Guerra Civil do país, inclusive muitas crianças.
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