Especialistas criticam revista britânica que apontou trabalhadores brasileiros como improdutivos
O Brasil apresentou piora na qualidade do emprego, mas afirmar que os trabalhadores são improdutivos e precisam acordar da “soneca” é preconceito.
Especialistas questionaram a reportagem da revista britânica “The Economist” que culpa a “preguiça nacional” pelo baixo crescimento do PIB.
A publicação cita o caso de um americano que cansou de vender sanduíches no festival Lollapalooza, apesar da metade dos funcionários não ter aparecido.
O professor da FEA USP, especialista em relações do trabalho, Helio Zilberstein discordou da análise e afirmou que não existe improdutividade no país.
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Ainda para Zilberstein, o trabalho no Brasil agregou pouco valor, mas acredita que o perfil está mudando.
Em entrevista a Thiago Uberreich, o antropólogo da UNESP Cláudio Bertolli Filho classificou a visão da revista The Economist como preconceituosa. Bertolli Filho reconheceu que não é fácil mudar a imagem de país do futebol, do carnaval e da aversão ao trabalho.
De acordo com a revista, a produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB brasileiro entre 1990 e 2012, contra 91% na China.
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