Especialistas dissertam sobre a origem dos colonizadores da Europa
Granada (Espanha), 10 dez (EFE).- Mais de 20 especialistas dissertaram nesta quarta-feira na cidade espanhola de Granada sobre a origem dos colonizadores da Europa, durante uma conferência internacional patrocinada pelo Cazaquistão no marco da Década Internacional de Aproximação das Culturas (2013-2022) da Unesco.
“Desde nossa fundação como Estado, estamos comprometidos em conhecer nossa própria história porque só assim poderemos construir um bom futuro”, disse o embaixador do Cazaquistão em Madri, Bakyt Dyussenbaev, na conferência “As grandes migrações: a colonização da Europa”, realizada na Universidade de Granada.
O representante do secretariado geral da Unesco, Dendev Badarsh, insistiu na importância de “explorar estes processos migratórios na Europa”, já que, frente a realidades sociais como o racismo e a intolerância, um dos principais objetivos do organismo é contribuir para criar “uma sociedade mais inclusiva”.
O presidente da Fundação Cultura, Olzhas Suleimenov, antecipou a futura publicação de um grande atlas das migrações e etnias no qual se tenta dar resposta a grandes questões como “a partir de onde começou a povoar-se a Europa?”.
Suleimenov assinalou que, apesar de alguns considerarem que não pode ter sido pelo Estreito de Gibraltar, a região de “Andaluzia é o ponto de partida da população da Europa”, já que existem outros casos nos quais também não havia terra firme, como Austrália ou Bretanha.
O reitor da Universidade de Granada, Francisco González Lodeiro, lembrou que “a Andaluzia é um território de migrações que recebeu a passagem de grandes povoações”.
Junto a eles, mais de 20 especialistas de Europa e Ásia em disciplinas como migração, museologia, paleontologia e arqueologia puseram o foco no diálogo entre civilizações, a interação dos povos e os processos da colonização da Europa.
Suas conclusões farão parte de uma publicação preparada pela Unesco sobre as cinco grandes conferências em torno das migrações.
A de Granada é a quarta reunião internacional realizada dentro do plano de ação promovido pela Unesco no marco do estudo das migrações, após as conferências de Paris (2008), Nova York (2011) e Seul (2013) e que terminará em Nairóbi, onde se pretende abordar as migrações desde sua origem.
A Década Internacional de Aproximação das Culturas é a continuação do Ano Internacional de Aproximação das Culturas, realizado em 2010 por iniciativa da ONU e proposta do Cazaquistão. EFE
bfc/rsd
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.