Espião que ajudou jihadistas inglesas trabalhava para o Canadá, diz jornal

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2015 10h11

Ancara, 13 mar (EFE).- O agente detido na Turquia que ajudou as três adolescentes britânicas a se unirem ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) é um sírio que trabalhava para os serviços secretos do Canadá, segundo informou nesta sexta-feira o jornal turco “Milliyet”.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, declarou nesta quinta-feira que a Turquia prendeu um agente que tinha ajudado as três menores e trabalhava para os serviços secretos de um país da coalizão antijihadista, cujo nome não foi revelado.

Sobre a identidade do agente, o órgão apenas declarou que “não era dos Estados Unidos nem um membro da União Europeia”. Esse país seria o Canadá, segundo informações divulgadas em vários veículos da imprensa turca e baseadas em “fontes de segurança” não especificadas.

De acordo com a reportagem do “Milliyet”, ao ser alertada sobre as fugas de Shamina Begum, de 15 anos; Kazida Sultana, de 16, e Amira Abase, de 15, de suas casas em Londres, em fevereiro, a polícia turca averiguou que as meninas tinham entrado em contato pelas redes sociais com um refugiado sírio identificado apenas com as siglas M.R.

O homem foi localizado e detido em Suruç, uma pequena cidade da província de Sanliurfa, perto do enclave curdo de Kobani, assediado nos últimos meses pelos jihadistas.

No interrogatório, o detido admitiu ter ajudado as três britânicas a chegarem à Síria e confirmou que trabalha para os serviços secretos canadenses.

M.R. foi encaminhado a uma prisão cuja localização não foi revelada e o embaixador turco em Londres já informou o governo britânico sober o fato, segundo a imprensa turca.

De acordo com a agência de notícias turca “Anadolu”, o governo canadense afirmou que tem conhecimento do assunto, mas que não comenta temas de segurança. EFE

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