Estação de trem em Madrid é desocupada por falso alarme de explosivos
Madri, 2 jan (EFE).- Um homem gerou uma situação de pânico nesta sexta-feira na estação de trem de Atocha, em Madri, ao ameaçar se suicidar dentro de um vagão com explosivos que dizia carregar na mochila, mas acabou sendo preso pela polícia, que comprovou a inexistência dos artefatos.
O incidente ocorreu às 9h40 (6h40 em Brasília) na estação ferroviária que em 11 de março de 2004 foi palco do atentado mais grave na história da Espanha, quando radicais islâmicos deixaram mochilas com explosivos em vários trens e provocaram a morte de 191 pessoas.
Fontes da polícia, do serviço de emergência e testemunhas disseram à Agência Efe que um homem começou a gritar dentro de um vagão e dizia que ia se suicidar.
Assustados com a ameaça do homem, os passageiros ativaram o sistema de emergência do vagão e conseguiram parar o trem e sair dos trilhos. Enquanto isso, chegavam ao local os serviços de emergência e a polícia, que ativaram o protocolo antiterrorista.
Como medida de prevenção, os agentes desocuparam a estação e os trens, interrompeu o trânsito, desviaram as linhas de ônibus que passam pela região e o metrô não parou na estação de Atocha Renfe.
O homem foi detido pelos agentes, enquanto os especialistas em desativação de explosivos comprovaram que não havia artefatos na mochila nem no corpo do indivíduo.
O detido foi levado a dependências policiais para ser interrogado e, pouco depois, a polícia desativou o protocolo de operação antiterrorista.
Quatro pessoas precisaram ser atendidas por crise de ansiedade e a uma jovem machucou o punho enquanto saía do trem. Todos os pacientes receberam alta no mesmo local.
Uma passageira de um dos trens desocupados explicou à EFE que viveu uma situação “muito angustiante” ao acreditar que poderia ser um atentado e lembrar da tragédia de 2004.
Duas horas depois, o trânsito foi restabelecido na região, o metrô voltou a funcionar com normalidade e a estação foi reaberta. EFE
nac/vnm
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