Estado de alerta por suspeita de H1N1 lota unidades de saúde em SP

  • Por Carolina Ercolin/Jovem Pan
  • 30/03/2016 16h05
  • BlueSky
Elza Fiúza/Agência Brasil vacina

O estado de alerta em torno do vírus da gripe H1N1 pode ser prejudicial à saúde. Em São Paulo, hospitais e pronto-socorros estão lotados. Alas especiais foram criadas para atender os casos suspeitos.

Tem muita gente com gripe, sim. Mas o pânico tem feito qualquer resfriado ganhar proporções dantescas. Espirrou, tossiu mais de uma vez? “Deve ser a gripe. Corre pro hospital!”. É o que ouvimos em qualquer lugar. Pontos de ônibus, porta de escola e até na fila do banco, sempre tem um para aconselhar: “é melhor prevenir”.

Se for um mal estar leve, um resfriado mesmo. É também um sinal de que sua imunidade está baixa. Daí a pessoa procura o hospital para ver se “não é nada”, mas pode sair de lá com a temida influenza.

“Todos os pronto-socorros estão cheios de pessoas com máscara, sendo atendidas, com suspeita de gripe. Ir a ambientes onde têm maior circulação do vírus aumenta o risco de ser contaminado”, portanto, preste atenção nas principais diferenças entre resfriado e gripe listadas pelo supervisor do Pronto-socorro do Hospital Emilio Ribas, Ralcyon Teixeira.

“Resfriado é uma doença causada por vírus, mas não é o da gripe. Vem com nariz escorrendo, dor no corpo é bem menor, se tiver febre, é baixa e espirros e um pouco de tosse. A diferença é que gripe é uma febre alta, tosse seca, dor no corpo muito acentuada e dor de garganta forte. A partir desses inícios de sintomas de gripe, ela pode evoluir com complicação do pulmão e a pessoa pode ter falta de ar”, explicou.

Ao mesmo tempo, não dá para negligenciar os sintomas. Porque realmente se você estiver com o H1N1, o principal medicamento que evita a evolução do quadro para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (que pode matar) só funciona bem até 48 horas após o início dos sintomas. Aliás, o Tamiflu, é bom que se diga, também está em falta.

Nada é fácil. Por isso, é preciso conhecer o seu corpo. Agora, você pode estar se perguntando: serei um pai ou responsável omisso se esperar a vacinação na rede pública, que em São Paulo foi antecipada para 11 de abril? Afinal, a dose na rede privada está batendo na casa dos R$ 200.

A resposta é: não. Mas tome os cuidados elencados aqui pelo pediatra Moises Chencinski: “se você for pensar em termos populacionais, o que temos hoje de casos ainda não caracterizam uma epidemia grave. Mas por exemplo, até anteontem, tínhamos na cidade de SP, perto de 70 casos e oito mortes. Se formos pensar que ano passado não tivemos morte por H1N1, é um número grande, mas estamos falando em milhões de pessoas. Se você estiver pensando em termos de epidemia, os cuidados de higiene são mais importantes que o próprio cuidado da vacina”.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.