Estado Islâmico executa dezenas de pessoas na Síria
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assassinou nesta quinta-feira mais de 26 pessoas, das quais 10 foram decapitadas, perto da cidade de Palmira, no centro da Síria e cujas ruínas fazem parte do Patrimônio da Humanidade da Unesco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Os combatentes do EI mataram suas vítimas após acusá-las de “cooperar e colaborar com o regime” sírio nas localidades de Al Sujna e Al Ameriya, na província central de Homs e próximas a Palmira.
Ontem, o EI arrebatou dos soldados governamentais o controle de Al Sujna e conseguiu avançar até a periferia de Palmira, onde enfrenta o Exército.
O Observatório acrescentou que alguns jihadistas conseguiram tomar o controle de alguns edifícios na zona oriental dessa segunda cidade, embora no final os soldados os expulsaram e recuperaram o domínio desses imóveis.
As forças armadas enviaram hoje reforços e tratam de conter com artilharia e aviação o ataque do EI contra Palmira, disse à Agência Efe anteriormente o governador de Homs, Talal al Barazi.
O responsável político explicou que os choques entre ambos os grupos ocorrem na periferia oriental e ocidental da população, “a cerca de três quilômetros” de distância.
Conhecida como “a namorada do deserto”, Palmira, localizada em um oásis, se transformou no século I a . C. em ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda.
Antes do início do conflito na Síria em março de 2011, suas ruínas, com seus teatros e templos, foram um dos principais centros turísticos do país árabe.
Esta cidade é um dos seis lugares sírios inscritos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco, junto a Aleppo, Damasco e Busra, além de outras zonas no norte do país.
Todos estes lugares estão também na lista do Patrimônio Mundial ameaçado pela situação atual na Síria.
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