Estado Islâmico manda reforços para enclave curdo no norte da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 14h17

Beirute, 24 set (EFE).- O grupo radical Estado Islâmico (EI) enviou reforços ao enclave curdo de Kobani, no norte da Síria, após os ataques da coalizão internacional na terça-feira contra suas bases em outras zonas do território sírio, disse nesta quarta-feira à Agência Efe um responsável curdo.

O vice-ministro de Relações Exteriores do governo local autônomo de Kobani, Idris Nuaman, explicou por telefone que, após o início da ofensiva da coalizão internacional, liderada pelos EUA, contra a organização jihadista, esta transferiu muitos de seus homens a Kobani.

“Chegaram muitos combatentes desde Tel Abiad e Al Raqqah”, disse Nuaman.

Atualmente, “o EI tem sob seu controle entre 60% e 70% do território ao redor de Kobani”, acrescentou o responsável curdo sírio.

No entanto, as Unidades de Proteção do Povo Curdo estão apresentando uma dura resistência aos radicais. “Nos últimos dias, o Estado Islâmico avançou, mas muito pouco” nas imediações de Kobani, ressaltou Nuaman.

Os combates ocorrem atualmente na periferia sul de Kobani, cerca de 10 quilômetros da cidade.

Os choques prosseguem apesar de algumas posições do EI terem sido atacadas hoje ao amanhecer por aviões de guerra procedentes da Turquia, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, embora Ancara tenha negado que os aparatos saíram de seu território.

Nuaman informou que eram aviões da coalizão internacional e que bombardearam alvos do EI nas zonas de Sauamea e Serrin, cerca de 30 quilômetros de Kobani.

O EI, que proclamou um califado em zonas da Síria e Iraque em junho, iniciou há uma semana um ataque para tomar o controle deste enclave curdo, situado na fronteira com a Turquia, e conseguiu dominar mais de cem povos de seus arredores.

O avanço dos radicais causou um êxodo de refugiados rumo à vizinha Turquia, que superou os 200 mil.

Washington anunciou na segunda-feira que tinha iniciado as operações aéreas contra o grupo jihadista no território sírio. EFE

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