Estado venezuelano nega “deportação” e diz ter “devolvido” 800 colombianos
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Caracas, 31 ago (EFE).- O governador de Táchira, estado na divisa da Venezuela com a Colômbia, José Vielma Mora, afirmou nesta segunda-feira que 800 colombianos foram devolvidos ao país vizinho desde o fechamento da fronteira no dia 19 de agosto.
Os dados, revelados pelo governador em entrevista ao canal “Globovisión”, contrastam com as informações divulgadas até o momento pelas autoridades da Colômbia, que afirmam que 1.097 cidadãos do país foram deportados até então.
Mora afirmou que não houve “nenhuma deportação” desde a última quarta-feira, rejeitando o uso do termo: “Essa palavra, deportação, é contrária ao nosso sentimento socialista e humanitário”, disse.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou o fechamento de parte da fronteira com a Colômbia no último dia 19 de agosto, depois de três militares e um civil terem ficado feridos em um ataque de supostos contrabandistas em Táchira. Dois dias depois, decretou estado de exceção na região.
O fechamento fronteiriço foi ampliado na última sexta-feira para todos os municípios de Táchira que estão na divisa com a Colômbia, uma medida tomada, segundo o governo para conter o contrabando e crime organizado na região.
Nas operações de segurança realizadas foram identificados colombianos em situação de ilegalidade ou considerados como suspeitos, de acordo com o governo da Venezuela, de praticar contrabando na fronteira.
Segundo o último balanço oficial da União Nacional de Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) da Colômbia, 1.097 cidadãos do país foram deportados pela Venezuela. Outros 7.162 cruzaram a fronteira voluntariamente.
Para tentar resolver a crise, a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, anunciou há poucos dias uma reunião no próximo dia 3 de setembro com os chanceleres dos países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Permanecem fechados 160 quilômetros dos 2.219 que formam a fronteira entre Colômbia e Venezuela. EFE
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