Estados contestam na Justiça veto de Trump a imigrantes e refugiados nos EUA

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/02/2017 09h03
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EFE Donald Trump - EFE

Advogados que representam os Estados de Washington e Minnesota afirmaram a um tribunal de apelações federal que a retomada do veto do presidente dos EUA, Donald Trump, a imigrantes e refugiados de sete países de maioria muçulmana iria “gerar caos novamente”. Os dois Estados entraram na Justiça no início desta segunda-feira, em um tribunal de apelações de San Francisco, após a Casa Branca dizer que espera a volta da proibição.

Washington e Minnesota argumentam que o veto imposto por Trump, se entrar em vigor novamente, irá significar a volta de distúrbios já causados, como separar famílias, causando problemas para universitários e instituições de ensino, além de restringir viagens.

Gigantes do setor de tecnologia, como Apple, Google e Uber, apresentaram argumentos à Justiça no fim de domingo sobre o mesmo tema. Segundo elas, a proibição de viagens dos sete países iria prejudicar os negócios e dificultar o recrutamento de funcionários.

Trump lançou a medida executiva sob o argumento de que desejava reforçar a segurança nacional. Para os advogados dos dois Estados, porém, isso prejudica residentes, empresas e universidades e ainda é inconstitucional.

A Justiça americana já negou um recurso do governo Trump para restaurar imediatamente a proibição de viagens antes anunciada. O presidente criticou no Twitter a decisão inicial do juiz James Robart, dizendo que ela era “ridícula” e colocava o país em perigo. O governo argumentou no tribunal de apelações que apenas o presidente pode decidir quem entra ou fica no país. Robart foi apontado para o posto pelo presidente republicano George W. Bush

A decisão de Trump era voltada contra imigrantes e refugiados de Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen. A decisão afetava cerca de 60 mil estrangeiros, que chegaram a ter seus vistos para os EUA cancelados. Após a decisão de Robart, esses vistos foram revalidados.

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