Estados querem cobrar mais impostos para atenuar crise na arrecadação
Estados querem cobrar mais impostos dos contribuintes para atenuar crise na arrecadação em 2015. Mais uma vez a “fórmula mágica” pretende ser utilizada, apesar da enorme carga nacional, os governantes querem elevar ainda mais os tributos.
Os secretários de Fazenda vão encaminhar ao Senado, na próxima semana, uma proposta para aumentar o imposto sobre herança de 8% para 20%.
Em entrevista a Marcelo Mattos, o consultor Clóvis Panzarini, criticou a postura do Confaz, o Conselho Nacional de Política Fazendária. “Sempre a conta cai nas costas do contribuinte, do cidadão. O Governo gasta mais do que arrecada e no fim há que se aumentar a carga tributária. Hoje, o Senado federal estabelece que a alíquota máxima do imposto sobre herança é 8%. Em São Paulo, por exemplo, pratica 4%. O que me parece é que o s Estados estão querendo usar o guarda-chuva político e empurrar para Brasília a responsabilidade pela carga tributária”, explicou.
Outro desejo dos Estados passa pela elevação e estabelecer um piso de 18% na alíquota de ICMS, que incide no óleo diesel. O economista e ex-secretário de Finanças da capital, Amir Kahir, defendeu a maior eficiência dos Estados, contra a fácil decisão de subir impostos.
“É lamentável que estes secretários de Fazenda tenham tomado esta decisão provavelmente consultando os governadores a quem eles dependem. É almentável que os governadores, no momento de crise, queiram aumentar os impostos sobre a população. Eles deveriam saber economizar despesas”, disse.
Amir Kahir ressaltou que o aumento da alíquota do diesel irá chegar a todos os brasileiros, em razão do impacto nos transportes de carga e passageiros. O imposto sobre heranças e doações é estadual, e o aumento do teto de 8% para 20% foi defendido de maneira unânime pelos Estados.
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