Estados Unidos consideram “produtivo” ter presença diplomática na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 09/07/2014 21h54

Washington, 9 jul (EFE).- O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira que, apesar de suas diferenças com a Venezuela, é “produtivo” ter presença diplomática nesse país, após o recente anúncio da troca de encarregado de negócios nas respectivas embaixadas.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, declarou que “há uma série de razões” pelas quais seu país tem presença diplomática em outras nações, “ainda quando não estejamos de acordo em todos os temas”.

Os Estados Unidos designaram Lee McClenny como novo encarregado de negócios e Caracas enviou Maximilien Sánchez Arveláiz a sua legação diplomática em Washington, um ano depois que ambos governos ordenaram a expulsão de seus antecessores.

A porta-voz destacou que o governo venezuelano tentou “repetidamente” durante os últimos dois meses “desviar a atenção de seus erros e dos problemas da Venezuela”. No entanto, assinalou que, do ponto de vista americano, é “produtivo ter presença onde pudermos”.

McClenny e Sánchez Arveláiz serão os representantes de maior categoria nas respectivas legações diplomáticas, já que ambos países retiraram mutuamente seus embaixadores em 2010.

A porta-voz minimizou o envio de um novo encarregado de negócios e assegurou que “a chegada de Lee McClenny é parte da rotina de rotação de pessoal”.

No entanto, o envio acontece depois que Caracas expulsou a anterior encarregada de negócios e outros dois funcionários americanos, a quem acusou de sabotagem e de colaborar para desestabilizar o país, e os EUA atuaram com reciprocidade.

O país sul-americano enfrentou recentemente uma onda de protestos que em algumas ocasiões se tornaram violentos e, entre fevereiro e junho, deixaram 43 mortos, 873 feridos e mais de 2.500 detidos, dos quais 174 permanecem na prisão, segundo a Procuradoria Geral.

A Venezuela acusou então os EUA de confabular com a oposição venezuelana um esforço de golpe de Estado, algo que o governo americano negou categoricamente e considerou uma tentativa do presidente Nicolás Maduro de desviar a atenção. EFE

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