Estudante chileno ferido em manifestação sai do coma induzido
Santiago do Chile, 1 jun (EFE).- O estudante chileno Rodrigo Avilês, que ficou gravemente ferido após receber o impacto direto do jato de água de um veículo da polícia em Valparaíso, saiu do coma induzido e não corre mais risco de morte.
Rodrigo Avilês, de 28 anos e aluno da Universidad Católica, evoluiu “satisfatoriamente nas últimas 72 horas”, disse aos jornalistas nesta segunda-feira o médico Juan Castro, diretor do hospital Carlos Van Buren de Valparaíso, onde o jovem está internado.
“Comprovamos que ele tem tanto dor como mobilidade espontânea em suas extremidades e isso nos dá algum grau de esperança de que os danos provocados por esta lesão serão provavelmente menores do que os que tínhamos pensado em um primeiro minuto”, acrescentou Castro.
Nos próximos quatro ou cinco dias, os médicos esperam desligar Avilês da ventilação mecânica para iniciar um processo de reabilitação, completou o diretor do hospital.
O estudante recebeu um impacto do jato de água a pouca distância que o jogou no chão, momento no qual bateu a cabeça e sofreu um traumatismo craniano grave, que o fez passar pela mesa de cirurgia em quatro ocasiões.
Avilês ficou ferido durante a manifestação que aconteceu no último dia 21 de maio nos arredores do Congresso, em Valparaíso, 120 quilômetros ao noroeste da capital Santiago.
A princípio, a polícia militar atribuiu a queda do jovem ao chão escorregadio, enquanto o responsável de direcionar o jato de água assegurou que Avilês tinha sido “pisoteado” pela multidão.
No entanto, um vídeo realizado por um drone permitiu demonstrar a responsabilidade da polícia.
Com esta nova prova, a polícia reconheceu sua responsabilidade nos fatos e afastou o segundo sargento Manuel Noya Pavez, que lançou o jato de água contra o jovem. EFE
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