Estudantes e servidores fecham portões do câmpus Butantã da USP

Desde as 5h30 desta quinta (09), alunos e servidores da Universidade de São Paulo fecham os três portões do câmpus Butantã, na zona oeste da capital. O portão principal (P1), da Avenida Afrânio Peixoto, o portão da Av. Escola Politécnica (P2) e o da Av. Corifeu de Azevedo Marques foram trancados.

No P1, 50 pessoas, entre estudantes e funcionários, se manifestam e proíbem a entrada de veículos. O ato, no entanto, não chegava a bloquear o trânsito da região, uma vez que os carros podiam transitar normalmente pela Rua Alvarenga. Ficava prejudicado apenas quem tentava entrar na USP. Os ônibus que circulam na cidade universitária têm que parar antes e as pessoas podem adentrar o câmpus apenas a pé.

Apesar do ato, a Universidade havia conseguido na Justiça uma liminar para proibir o “trancaço” em seus campi. A decisão judicial estabeleceu multa diária de R$ 10 mil para o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e o o Diretório Central dos Estudantes Livres (DCE-USP). O “trancaço”, entretanto, já tinha sido acordado em assembleia dos manifestantes. Cerca de 80% dos cursos já são afetados por greves de professores. Alunos de algumas faculdades, como a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) aderem à greve o ocupam os prédios.

Pautas

Os manifestantes possuem pautas múltiplas: melhorias e não desvinculação do hospital universitário, cotas raciais, reajuste dos salários dos servidores e professores e apoio à permanência de estudantes de baixa renda. Também são criticados o “desmonte” da USP, o corte de ponto de grevistas e a suspensão da negociação salarial pelos reitores da universidade.

Estudantes fecham desde as 5h30 da manhã o Portão 1 da USP (LEONARDO BENASSATTO/Estadão Conteúdo)

Com informações do Estadão Conteúdo