Estudantes não obedecem advertências do governo e fazem grande reunião

  • Por Agencia EFE
  • 04/10/2014 14h03
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Hong Kong, 4 out (EFE).- Os estudantes pró-democracia de Hong Kong não se importaram com as advertências feitas neste sábado pelo governo local para que deixassem as ruas e estão fazendo uma grande reunião no distrito de Admiralty, nos arredores da sede do Executivo.

Centenas de milhares de pessoas estão concentradas ouvindo os discursos de jovens sobre democracia, de alguns dos líderes das organizações que impulsionaram o movimento, como a “Occupy Central”, a Federação dos Estudantes de Hong Kong e a “Scholarism”, além de apresentações musicais.

A reunião acontece pouco tempo depois que o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, pediu que os jovens deixassem as ruas e advertiu que tanto o governo como a polícia vão tomar “todas as medidas necessárias” para restabelecer a ordem na cidade na próxima segunda-feira.

“Não sabemos qual será o próximo passo do governo, mas reagiremos de acordo”, garantiu Joshua Wong, o jovem de 17 anos que se transformou no rosto mais visível da “Scholarism”, grupo que reúne estudantes do ensino médio.

Além das palavras de Wong, não foi anunciada nenhuma decisão por parte dos manifestantes em resposta às advertências do Executivo local.

Nessa reunião era esperado que os líderes estudantis decidissem se aumentariam os protestos ou se tentariam retornar à via do diálogo com o governo, depois que as negociações foram suspensas ontem após vários ataques contra os manifestantes em diversos pontos da cidade.

Segundo os jovens, grupos pró-China orquestrados pelo governo de Pequim atacaram os manifestantes pacíficos e tentaram desmontar o acampamento instalado há uma semana em vários lugares da cidade diante de uma atitude “passiva” da polícia, que negou sua complacência com as agressões.

Hoje completa uma semana desde o início dos protestos nas ruas de Hong Kong para pedir eleições democráticas em 2017, que atingiram seu ponto de maior tensão depois dos episódios de violência registrados ontem e hoje, além das ameaças do governo e da falta de diálogo para encontrar uma solução para o futuro político da antiga colônia britânica. EFE

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