Estudantes politécnicos entregam carta recusando oferta do governo mexicano

Cidade do México, 10 out (EFE).- Milhares de estudantes do Instituto Politécnico Nacional (IPN) marcharam nesta sexta-feira na capital mexicana para entregar por escrito sua recusa às propostas do governo federal para solucionar o conflito que mantém a instituição paralisada.

Os jovens se reuniram para a passeata no monumento Estela de la Luz, na avenida Passeio da Reforma da Cidade do México, para terminar em dois lugares diferentes.

Os estudantes, com grandes cartazes e usando uniformes e escudos do IPN, iniciaram a mobilização nesta tarde.

O grupo mais numeroso se dirigiu à Praça das Três Culturas, no bairro de Tlatelolco, local emblemático onde ocorreu o massacre de 2 de outubro de 1968 e que é considerado um símbolo da luta contra o autoritarismo e a repressão no México.

Um segundo grupo se dirigiu à Secretaria de Governo para entregar a resposta do movimento estudantil às propostas de solução oferecidas pelo governo na sexta-feira passada a sua folha de pedidos.

Nesta semana, os estudantes rejeitaram em uma assembleia as ofertas de solução do governo por considera-las incompletas e imprecisas.

“A resposta emitida pelo secretário de Governo, Miguel Ángel Osorio Chong, é incompleta e imprecisa, são respostas sem sustento e sem compromisso, somente um instrumento midiático para desmobilizar os estudantes”, indicaram os estudantes no documento entregue hoje.

O subsecretário de Governo, Luis Enrique Miranda, que recebeu nesta sexta-feira as propostas estudantis, informou que na próxima terça-feira darão uma nova resposta.

Por sua vez, o secretário de Educação, Emilio Chuayffet, reiterou sua “absoluta” disposição de dialogar com os estudantes para resolver o problema. Ele propôs que as partes redijam um documento em que seja estabelecida uma data para a resolução de cada ponto.

Os estudantes do IPN iniciaram no fim de setembro uma série de mobilizações para exigir a revogação do novo regulamento interno e os programas da instituição assim como a destituição da diretora, Yoloxóchitl Bustamante.

Segundo as autoridades da capital, três mil estudantes participaram da marcha, que transcorreu sem incidentes. EFE

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